quinta-feira, março 31, 2005

Pensamento

Não sou um Vermelho, nem um Branco, nem um Negro, nem um Amarelo.
Não sou nem cristão, nem judeu, nem maometano, mormon, homossexual, polígamo, anarquista ou membro de seita secreta.
Não bato em ninguém, não vou à pesca e não mato aves nem coelhos. Mas não atiro mal e gosto de acertar no alvo.
Não jogo futebol, nem dou festas com a finalidade de enaltecer a minha pessoa. Se o que penso é o correcto, divulgar-se-á por si próprio.
Não submeto o meu trabalho a ninguém, a não ser que esse alguém o possa entender melhor que a minha pessoa.
Observo estritamente o cumprimento das leis quando fazem sentido, e luto contra elas quando obsoletas ou absurdas. (Não vale pena queixarem-se de mim à polícia, porque se eles forem pessoas decentes, decerto que fazem o mesmo)
Desejo, tanto eu como todas as crianças e adolescentes, possamos experimentar com o corpo a sua alegria no prazer tranquilamente.
Não creio que para ser religioso no sentido genuíno da palavra seja necessário destruir a vida afectiva e tornar-se crispado e encolhido de corpo e espírito.
Sei que aquilo a que apelidam “Deus” existe, mas de forma diferente da que pensam: é a energia cósmica primordial do Universo, tal como o amor que anima o nosso corpo, a nossa honestidade e o nosso sentimento da natureza em nós ou à nossa volta.
Eu desejo que o que governe o mundo seja homens de trabalho, e não homens com opiniões sobre o trabalho. Tenho a minha opinião e sei distinguir uma mentira da verdade que quotidianamente emprego como instrumento e que sei manter limpo após uso.Aprendi a reconhecer o facto de que, é a nossa doença emocional que nos destrói minuto a minuto, e não qualquer poder exterior. Há muito que nós já teríamos suprimido os tiranos se estivessemos vivos e sãos no nosso íntimo.

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