Sempre me considerei seu amigo. Mas sempre soube que para ele a palavra amigo tinha um significado especial. Bastava sentar-me naquela mesa, aprender tudo aquilo que ele tinha para contar e já entrava na sua família de amigos.
Não esperava o que aconteceu. Aparentava firmeza e saúde. Aparentou tanto que acabou por tombar às portas da morte. Aconchegou-a, talvez, de braços abertos. Ostentava a certeza de quem ia para um sítio melhor, para um lugar nenhum. Isto que me aconteceu foi pior que um luto. Foi uma conta falhada. Um erro fatal. Nunca mais abrirará os olhos para a humanidade diúrna. E o seu lembrar permanecerá para sempre entre os grandes exemplos de educação. Homem de esquerda de valores e de esquerda de humanismo. Homem grande. Jamais morrerá.
terça-feira, janeiro 17, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário