domingo, outubro 14, 2007

"A história é cíclica, como tudo: vamos do Inverno ao Outono para voltar ao Inverno. Assim o será para sempre. Não há esperança de alterar isto." (Prof. Ana Cristina Nogueira da Silva- História das Ideias Políticas)

A história repete-se. Mas a repetição nunca é igual ao original. Não o pode ser, é impossível. Não é igual no tempo que dura: a repetição é sempre passada em slow-motion. E mesmo que o não fosse, seria diferente no tempo em que passou. O tempo pressupõe a existência de uma linha cronológica, e o que se deu num certo ponto dessa linha ao repetir-se mais tarde noutro ponto terá a diferença nessa própria repetição. Afinal o Homem é Homem mais sua circunstância. Já Ortega Y Gasset nos dissera. Mas a circunstância é única, incomparável e irrepetível. Já a vida nos demonstrara. Mudando-se esse tempo de acção, não se altera só esse tempo mas também a circunstância em que decorre a acção. Até que ponto é a história susceptível à repetição?

3 comentários:

Luisa Oliveira disse...

Continua a fazer perguntas destas.

Antonio Lains Galamba disse...

a história repete-se. mas não implica esta certeza que a sua repetição seja organizada nos mesmos parametros. a capacidade imaginativa e de criação da espécie a isso obrigam.

Rato Grande disse...

A História é susceptível à repetição na medida em que existe em função do Homem, o Homem. Aquele ser que está a errar, constantemente. Ainda bem: talvez um dia errar nos ajude a evoluir.
No entanto, como disseste, não é uma repetição na sua verdadeira acepção, é repetição pela semelhança.