sexta-feira, junho 09, 2006

É uma coroa triste
Essa que tu inventaste.
Não duvides que não existe
Esse trono onde tu te sentaste.

Senhora e dona da vontade colectiva
Fazes como te convém:
Olhas para nós de forma altiva,
Julgando praticar o supremo bem.

Se exigimos, não aceitas.
Agradar a todos não se pode.
Mesmo dedicando-te esta ode,
Nada a nós nos ajeitas.

Dizes como queres e assim tem que ser
Ai de quem assim não quiser:
Olhas de lado e sem respeito
Pensado que todos se encontram abaixo do teu peito.

Se levanto o pé já te pisei.
És inútil à utilidade.
E a tua suposta autoridade,
acabará por ruir (isso eu sei).

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