Mostraste-me parte da tua infância. E senti que também passei por lá. Também chutei a mesma bola de trapos com que tu jogaste naquele bocado de terra ainda por lavrar. Lembraste-te, Tó, meu pai, da pêra que me deste a provar? Senti que ainda lá estava presente o sangue com que a tua mãe a regou. E o rio onde tanto pescaste. Também eu me sentei, ali junto a ti. Não me perguntes quando. Sei que estive lá contigo. E vi-te pescar o peixe que me serviste na mesa. Quanta força usaste para lavrar todos aqueles campos de ternura a que me habituaste?
sexta-feira, agosto 18, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário