Uma palavra ao meu professor primário.

Hoje que estou a acabar o 12º ano sinto-me no dever de escrever uma palavra, uma linha, uma carta de agradecimento a quem mais me acompanhou neste meu percurso escolar Há uma mão cheia de professores que jamais esquecerei. E o Professor João, inevitavelmente, é-me presente.
Lembra-se professor, querido professor, da ternura que punha no seu ensinar? Muitos professores passaram, e, com eles, muitas maneiras de ensinar, mas essas jamais fariam esquecer o seu modo de nos ensinar a ler e a escrever, de nos ensinar a contar e, mais importante que tudo, de nos ensinar a amizade.
Foram dois bonitos anos: dois dos anos da minha meninice. Na altura, talvez pela minha infatibilidade emocional, nunca lhe disse o que me ia no coração. Hoje tenho que o fazer: o Professor foi muito mais que o profissional a desempenhar o seu papel, foi o amigo, aquela pessoa que a seguir à família gostava mais de nós e nos queria o melhor.
Talvez não me consiga expressar com clareza nestas linhas: os sentimentos nostálgicos que me invadem o peito formam-me um nó na garganta. Gostava só que o professor, mais: querido amigo, recebesse um grande abraço de quem nunca vai conseguir agradecer tudo o que aprendeu consigo.