sábado, abril 22, 2006

Escrevo-te o mar.

Todo esse ruído de água
que rebenta
sobre este
imenso areal
de sensações.

Escrevo-te o céu.

Esse céu
que dá abrigo
ao meu pássaro
de ternura.

Ah, escrevo-te também o sol.

O sol.

Onde pé-ante-pé
subi para o primeiro raio de luz
que apanhei
e fui direito ao teu coração.

Sentei-me sobre
o sentimento humedecido
pelas lágrimas.

Mais que humedecido:
queimado.

Também o sal das lágrimas
me escaldou o peito.
O peito da canção.

A canção de te amar.

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